Somos de Barrio (remix) (part. Yogwy) (tradução)

Original


C-Kan

Compositor: C-Kan / Togwy

(Em Jalisco, existem cerca de oitocentas gangues)
Hoje, liguei a TV, vi meu rosto e o de outros manos
A reportagem do dia
O repórter dizia
Jovens marginalizados, grupos perigosos
Gangues de alto risco
São ou se fazem de cegos?
O que eles sabem sobre crescer em bairros humildes
Sobre te fazerem sentir que você não vale nada pelo seu jeito de se vestir
Sobre esperar os rivais descerem
Ou te negarem um trampo só por causa das tatuagens
O mano tatuou o nome do irmão que mataram com vinte anos
Trabalhador, decente
E o policial, que cheira pó e extorque gente
Chama ele de delinquente
A garota, o padrasto quis abusar
A mãe finge que não vê
Autoridade? Haha, nem sei pra que denunciar

Outros, pra dar uma vida melhor pra família, montam um ponto
Depois, olhares tortos, cadeia, a família se ferrou e pronto
E tem uns que nem família têm
Uma família te protege, uma quebrada também
Te ajuda, uma quebrada também
Minha quebrada, minhas amizades de moleque
Antes era bolinha de gude e pião, hoje é soco e arma
Me julgam pela aparência
Mas os políticos de terno, pros olhos de muitos, cometem os maiores roubos
Por favor, humilde, mas não bobo
Delinquente, eu? Delinquente é o policial que me persegue todo dia
Porque a quebrada dele não é mais chique que a minha
Mas ele é a autoridade, claro
E eu, com raiva, sem grana
Tenho que ficar quieto, me conformar
Delinquentes, mas de uniforme
O que me deixa em paz
É saber que vivo do aplauso do povo que paga o seu salário
Delinquente, eu?
Haha, delinquente é você
Nós somos da quebrada

Nós somos da quebrada
Você não viu o que eu vi
Não viveu o que eu vivi
Não cresceu onde eu cresci
Sou da quebrada
Você não foi o que eu fui
Não aprendeu como eu aprendi
Não veio de onde eu vim
Sou da quebrada

Todo dia
Os rivais caem
As sirenes cantam no bairro
Por aqui, a morte vem sem horário pra vários
Somos da quebrada

O sistema apontou pra minha comunidade, pra onde eu vou correr?
Aqui é só vagabundo tatuado, sem trampo e com histórias
Doido, sem descanso, vamos lá, chefe, me diz
Quantos policiais te perseguem?

Nenhum, você aí de terno e gravata, mas, com certeza
É mais rato que os cachorros da minha rua
Eu não estudei, mas percebi
Que, por uma assinatura, vocês ferram com todo mundo

Eu tenho que sair pra rua e me arriscar
Lembrando dos que já se foram
Com grana, negócios, droga ou vingança
Assim são as ruas da gente marginalizada

Mas que histórias dá pra contar, se nem memória sobra?
Você não viu o que eu vi, não vem com papo furado
Arte poética revolucionária
A cruz branca e a quadra (uou)

Nós somos da quebrada
Você não viu o que eu vi
Não viveu o que eu vivi
Não cresceu onde eu cresci
Sou da quebrada
Você não foi o que eu fui
Não aprendeu como eu aprendi
Não veio de onde eu vim
Sou da quebrada

Todo dia
Os rivais caem
As sirenes cantam no bairro
Por aqui, a morte vem sem horário pra vários
Somos da quebrada

Bem-vindo ao terreno de guerras com punhos, tiros
Onde nascem sonhos, malandros desde pequenos
Vou atrás do que é meu na quebrada que me ensinou
Que com um terço e fé no Senhor, não tem o que temer

De longe eu percebo a intenção
As balas levaram o Enano e o Domingo
Mas eu sigo firme, atrás do sonho de muitos
E luto pra que ouçam minha voz caso eu me vá

Me veem na quadra 98
De cima, eu observo fumando um beck com o Poncho
No fim, meu bom, a gente nasce pra morrer
Mas as cicatrizes lembram de onde viemos

A gente ouve mais novenas do que serenatas
Quer que eu cante o quê? Eu não nasci em berço de ouro
Tenta passar férias na minha quebrada
Você não veio de onde eu vim, eu sou da quebrada

Nós somos da quebrada
Você não viu o que eu vi
Não viveu o que eu vivi
Não cresceu onde eu cresci
Sou da quebrada
Você não foi o que eu fui
Não aprendeu como eu aprendi
Não veio de onde eu vim
Sou da quebrada

Todo dia
Os rivais caem
As sirenes cantam no bairro
Por aqui, a morte vem sem horário pra vários
Somos da quebrada

Ei, esse é o remix
É Ness
Guanatos, Guzmán, Togwy, C-Kan
Da Players Town, MTL Ridaz, C-Mobztas
Somos da quebrada, volume dois
O fodão

Nós somos da quebrada
Você não viu o que eu vi
Não viveu o que eu vivi
Não cresceu onde eu cresci
Sou da quebrada
Você não foi o que eu fui
Não aprendeu como eu aprendi
Não veio de onde eu vim
Sou da quebrada

Todo dia
Os rivais caem
As sirenes cantam no bairro
Por aqui, a morte vem sem horário pra vários
Somos da quebrada

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